sábado, 17 de novembro de 2012

O tornado algarvio e o Ministério da Administração Interna



TORNADO NO ALGARVE

PM lamenta que Macedo não tenha sido 'mais esclarecedor'

por Lusa, publicado por Helena TecedeiroHoje
PM lamenta que Macedo não tenha sido 'mais esclarecedor'
Fotografia © Virgílio Rodrigues / Algarvephotopress / Global Imagens

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, lamentou hoje não ter sido "possível" ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, fazer "uma declaração mais esclarecedora" sobre a intervenção do Governo na sequência da tempestade que atingiu o Algarve. "Lamento que não tenha sido possível da parte do senhor ministro da Administração Interna uma declaração mais esclarecedora quanto à intervenção do Governo", afirmou Pedro Passos Coelho, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República, no final da XXII Cimeira Ibero-Americana, em Cádis, Espanha.
O primeiro-ministro adiantou que o Governo conta receber "já no princípio da semana uma informação mais completa sobre os estragos materiais ocorridos", que referiu não estarem ainda quantificados, e acrescentou: "Não deixaremos de ponderar, em face dessas circunstâncias, a resposta adequada em termos de compensação pelos prejuízos".
Passos Coelho referiu que "não existe nenhum seguro contra todas as adversidades", mas que, "quando há lugar à declaração de estado de emergência e de calamidade, há mecanismos que são conhecidos que se destinam justamente a ajudar, nessas circunstâncias muito especiais, a reparar os estragos e a minimizar as perdas", estando por saber se isso se justifica neste caso.
"Saberemos isso quando tivermos uma comunicação mais rigorosa dos estragos e dos prejuízos materiais que resultaram dessa intempérie", afirmou.
Hoje, questionado sobre o valor do apoio financeiro a prestar às populações afetadas pela tempestade que atingiu o Algarve na sexta-feira, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, considerou que não era momento para "falar de dinheiro", declarando: "Não vale a pena estar a atirar valores para o ar, um pouco ao calhas. Não faz sentido que seja assim".




  No decreto-lei n.º 126-B/2011 de 29 de Dezembro, pode ler-se que o Ministério da Administração Interna define e executa as políticas que asseguram, no território nacional, a autoridade do Estado, a segurança dos cidadãos e dos seus bens, a paz e ordem públicas, a livre participação política dos cidadãos, e o socorro às populações em caso de acidente grave ou catástrofe.
  O Ministro da Administração Interna tutela as forças de segurança (PSP e GNR) a Protecção Civil, a Segurança Rodoviária, e fiscalização de Estrangeiros e das Fronteiras e a administração eleitoral.
  O Ministério da Administração Interna tem como funções:

  • Manter a ordem e a tranquilidade públicas;
  • Assegurar a protecção da liberdade e da segurança das pessoas e dos seus bens;
  • Prevenir e reprimir a criminalidade;
  • Controlar a circulação de pessoas nas fronteiras, a entrada, permanência e residência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, no quadro da política de gestão da imigração, e apreciar e decidir a concessão do estatuto de igualdade e de refugiado;
  • Controlar as actividades de importação, fabrico, comercialização, licenciamento, detenção e uso de armas, munições e explosivos, sem prejuízo das atribuições próprias do Ministério da Defesa Nacional;
  • Regular, fiscalizar e controlar a actividade privada de segurança;
  • Organizar, executar e apoiar tecnicamente o recenseamento e os processos eleitorais e referendários;
  • Prevenir catástrofes e acidentes graves e prestar protecção e socorro às populações sinistradas;
  • Promover a segurança rodoviária e assegurar o controlo do tráfego.
  Esperamos, pois, que o Ministério da Administração Interna cumpra com as funções que lhe foram atribuídas e preste apoio às vítimas de tal intempérie!

por Ana Rita Ferreira Santos, nº 21035


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